Tecnologia aproxima familiares de pacientes internados no Hospital de Cataguases.

Desde a primeira quinzena de março, seguindo diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Saúde, com anuência na Comissão Interna de Controle de Infecções Hospitalares e a direção administrativa desta unidade, o Hospital de Cataguases instituiu a suspensão das visitas de familiares a pacientes internados em todas as suas alas, sejam nos setores de Enfermarias, apartamentos ou UTIs. A medida se fez necessária devido ao aumento do número de contaminações por COVID-19 em Cataguases, nos municípios vizinhos e em praticamente todo o país.
Para minimizar esse distanciamento e proporcionar momentos de afeto e calor humano a quem mais precisa neste momento, a psicóloga do Hospital de Cataguases Patrícia Medeiros Pinheiro realiza, semanalmente, vídeo chamadas entre pacientes e familiares, possibilitando manter essa interação.
A ideia é que, após passar por uma avaliação clínica e psicológica, e com o acompanhamento da psicóloga, o paciente possa conversar, através de chamada de vídeo, por alguns minutos já pré-estabelecidos, possibilitando a interação, mas evitando ainda mais desgaste físico e emocional de ambas as partes.
No Hospital de Cataguases, além dessa forma de interação direcionada pela psicóloga Patrícia Medeiros Pinheiro, uma equipe ainda fica responsável por manter informados os familiares dos pacientes, por meio de ligações telefônicas, que acontecem, diariamente, duas vezes ao dia, na parte da manhã e à tarde.
A realização de vídeo chamadas, ação que acontece em praticamente todas as unidades hospitalares do país com acesso à internet, são inovações importantes no tratamento de pacientes de patologias diversas frente a restrições necessárias de distanciamento social e restrição de visitas a pacientes internados nas UPAs ou unidades hospitalares pequenas, médias ou grandes. Por mais cuidado que se tome há sempre riscos de contaminação pelo grande número de pacientes infectados que visitam esses locais. Por isso a importância da suspensão das visitas e a busca por condições de possibilitar, mesmo à distância, o contato entre pacientes e familiares. A reflexão sobre essa “visita virtual” pode apontar novos caminhos para aprimorar a integração e a qualidade na assistência prestada aos pacientes internados por qualquer enfermidade contagiosa ou de maior gravidade.
A psicóloga Patrícia Medeiros Pinheiro explica que “as chamadas de vídeo são uma maneira de humanizarmos mais o atendimento e o acompanhamento do paciente por parte de seus familiares e/ou amigos, usar a tecnologia para levar um pouco de aconchego ao paciente neste momento delicado, uma ação que acaba auxiliando no suporte emocional de ambas as partes, até mesmo na possível recuperação”.
Sobre a frequência das vídeo-chamadas, a psicóloga explica que a ação está sendo realizada quase diariamente, dependendo muito da necessidade de cada paciente e da família. “O paciente que está em tratamento fica preocupado com a família e querendo saber informações e, da mesma forma, os familiares também ficam preocupados, mesmo que a unidade hospitalar divulgue todos os dias os boletins sobre o estado de saúde dos pacientes. Eles precisam sentir no olhar e na fala do próprio familiar e do paciente qual é a real situação que está ocorrendo, perceber se está tudo bem ou não, mas manter essa proximidade dos pacientes com seus familiares. A forma de amenizar estes medos, dores e angústias é com essa visita virtual. É uma alternativa para amenizar a aflição de ambas as partes”, completou a Dra. Patrícia.

Camilo Vória – Assessoria de Relações Públicas do Hospital de Cataguases com informações do jornal Estado de Minas.

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