Hospital de Cataguases e a pandemia da COVID 19 – nove meses de trabalho e superação!

Foto Dr. Emmie de Wit, do Rocky Mountain Laboratories (RML) vinculado ao Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.

Para conseguir esse material, foi necessário usar tanto o microscópio eletrônico de varredura, que dispara um feixe eletrônico e traz resultados que “varrem” uma amostra em lâmina, em boa resolução; quanto o de transmissão, que usa um feixe de elétrons sobre uma camada fina da amostra e amplia o resultado. No entanto, ambos os microscópios trazem imagens em preto e branco. Assim, depois de obtidos os resultados, o escritório de artes médicas visuais do laboratório coloriu digitalmente as imagens.

Um trabalho que nunca parou!

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) Tedros Adhanom, declarou como PANDEMIA a situação da contaminação de Covid 19, doença causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) no dia 11 de março.
A mudança de classificação não se deveu apenas à gravidade da doença, mas também à rápida disseminação geográfica que a Covid-19 apresentava.
Tedros Adhanom afirmou – a OMS tem tratado da disseminação do Covid 19, em uma escala de tempo muito curta e estamos muito preocupados com os níveis alarmantes de contaminação e também de falta de ação dos governos – durante um painel, ocorrido ainda na primeira quinzena de março, na sede da instituição, que tratava das atualizações diárias sobre a doença.
Naquela data, Adhanom revelou que nas duas semanas anteriores o número de casos de Covid-19, fora da China, tinha aumentado 13 vezes e a quantidade de países afetados triplicado. “Temos mais de 118 mil infecções em 114 nações, sendo que 4291 pessoas morreram”, lembrava o diretor-geral da OMS.
A partir dessa declaração o mundo mudou. Voos foram cancelados, portos e fronteiras terrestres foram fechados deixando nações inteiras isoladas. Iniciou-se uma corrida desesperada em busca de insumos e equipamentos hospitalares, cujos preços dispararam em meio à ameaça de falta dos mesmos e à ação incisiva de nações com maior poder aquisitivo, oferecendo valores, muitas vezes acima do que era praticado no mercado, para a compra imediata de tudo que naquele momento estava sendo produzido. Expressões como: grupos de risco, isolamento e distanciamento social, higienização das mãos, uso de máscaras, cuidados especiais com roupas, calçados, embalagens e manuseio de alimentos, entre outras, objetivando a prevenção em relação à contaminação e à disseminação do vírus, passaram a integrar o nosso cotidiano.
Bilhões de pessoas no mundo inteiro cumpriram algum tipo de confinamento, sem poder circular nas ruas, ir ao trabalho, participar de reuniões familiares, profissionais, religiosas, esportivas ou sociais. Todos tinham que se adequar às normas que eram indicadas para prevenção contra a ameaça do vírus. Normas que também foram se adequando à medida que os dias, semanas e meses foram passando.
Diante deste triste cenário mundial de pandemia, Cataguases também sofreu e vem enfrentando dificuldades impostas por esse novo estilo de vida, com todas as precauções, protocolos e estratégias determinadas pelos órgãos governamentais de Saúde, seja a nível municipal, estadual ou federal.
O Hospital de Cataguases, integrante de um dos pilares essenciais para o enfrentamento dessa grave situação, também passou por transformações para se adequar à esta nova realidade de atendimento. Além das enfermidades rotineiras ou acidentais, que levavam e levam pacientes a precisarem de serviços de emergência e até mesmo de internação hospitalar, o hospital foi obrigado a se reestruturar para, de forma segura, poder prestar os atendimentos sob esta nova demanda de assistência. Com esse objetivo, determinou a destinação de áreas isoladas, fluxos alternativos de circulação e profissionais específicos para atender os casos suspeitos e confirmados de Covid-19
No período de 10 de março até esta quinta-feira, dia 10 de dezembro, no Pronto Socorro do Hospital de Cataguases foram realizados 29.579 (vinte e nove mil, quinhentos e setenta e nove) atendimentos emergenciais de origens diversas, compreendidos entre triagem na enfermaria do Pronto Socorro, avaliação médica, exames laboratoriais e de imagens, cirurgias emergenciais, imobilizações ortopédicas, suturações, internações pontuais na Enfermaria do Pronto Socorro e encaminhamento para internação na Enfermaria ou Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Geral.
Toda a equipe do Pronto Socorro recebeu treinamento de acordo com os protocolos estabelecidos pelas autoridades sanitárias, enquanto a área física do local e das enfermarias precisou de adaptações para receber e atender os casos suspeitos e confirmados de Covid-19 a fim de proporcionar o distanciamento e isolamento aos pacientes.
Nesse contexto, para prestar atendimento de qualidade na nossa região de abrangência, o Hospital de Cataguases, através de muitos esforços, conseguiu estruturar seu espaço físico para ampliação da capacidade instalada, aumentando leitos de Enfermaria e UTI. Em parceria com o município, estado e união, o HC conseguiu disponibilizar 20 leitos de Enfermaria e 10 leitos de UTI, exclusivos para atendimento à Covid 19, com médico plantonista 24 horas.
No Pronto Socorro do Hospital os pacientes são avaliados durante a consulta médica e os que não tem necessidade de hospitalização recebem as orientações necessárias e são encaminhados para isolamento domiciliar com acompanhamento da Vigilância Epidemiológica Municipal. Os casos sintomáticos, com intensidade moderada a acentuada, seguem para internação na Enfermaria Covid e, em casos de maior gravidade, para a UTI Covid.
O primeiro caso registrado pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) Suspeito/COVID-19 em Cataguases foi no dia 14 de março. O segundo registro de caso Suspeito aconteceu no dia 16/03. No dia 19 daquele mês já constavam 7 Suspeitos e no dia 29/03 este número chegou a 11 Suspeitos.
O primeiro registro, na SES/MG, de caso CONFIRMADO/COVID em Cataguases aconteceu no dia 14/04. No dia 18/04 eram 3 casos CONFIRMADOS/COVID. No dia 21/04 a SES/MG mostra o registro com a confirmação do 1º óbito por COVID-19 em nosso município. O 2º registro de óbito pela COVID-19 em Cataguases, que consta dos dados da SES/MG, ocorreu em 17/05. E, daí em diante, os números não pararam de crescer.
De acordo com os dados oficiais divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais até ontem, dia 10/12/2020, os municípios da microrregião vinculados ao Hospital de Cataguases – Cataguases, Astolfo Dutra, Dona Eusébia, Itamarati de Minas e Santana de Cataguases – tiveram 2.007 casos confirmados da COVID 19, com 1.554 recuperados e 53 óbitos, além de 400 pessoas permanecendo em acompanhamento. Os óbitos registrados representam 2,641% do total de casos confirmados na nossa microrregião.
É importante ressaltar que todos os óbitos estão relacionados aos grupos de risco, com comorbidades associadas, baixa imunidade ocasionada por uso contínuo de medicamentos, diabetes, idade avançada, obesidade, entre outros fatores. É preciso registrar, ainda, que neste total estão incluídos os óbitos relacionados ao surto de COVID 19, que, infelizmente, acometeu um grande número de idosos assistidos pelo Lar São Vicente de Paulo em Cataguases.
Os dados da SES/MG também mostram que, dos casos confirmados até agora, o percentual de homens e mulheres é o seguinte: (Astolfo Dutra – 48,5% feminino e 51,5% masculino); Cataguases (46,82% feminino e 53,18% masculino); Dona Eusébia (66,67% feminino e 33,33% masculino), Itamarati de Minas (44,44% feminino e 55,56% masculino) e Santana de Cataguases (84,62% feminino e 15,38% masculino).
Além dos municípios que integram nossa microrregião, o Hospital de Cataguases atendeu pacientes de outras 77 localidades conforme constam nos registros do período de 10/03 a 10/12/2020.
Com extrema responsabilidade e muito empenho de toda a equipe do HC, estamos conseguindo enfrentar e superar esse período de pandemia, salvando vidas e amenizando sofrimentos.
Deixamos nosso respeito e nossa solidariedade, nesse momento tão difícil, a todas as famílias enlutadas pelas perdas de seus entes queridos.

E reafirmamos o alerta: a pandemia não terminou. Mesmo com os avanços na forma de identificação, tratamento e inúmeros medicamentos testados (alguns com eficácia relativa demonstrada para tratamento de casos graves e moderados), bem como algumas vacinas com diferentes abordagens processuais, em fase final de testagem e início de aplicação em alguns países), é imprescindível que as orientações para a prevenção básica continuem prevalecendo: higienização das mãos com água e sabão (na impossibilidade use o álcool em gel ou álcool 70%) antes ou depois de tocar em qualquer pessoa, superfície ou embalagem que não integrem a sua rotina e continuar com o uso de máscaras e manutenção do distanciamento social sempre que precisar sair de casa. Evitar aglomerações é essencial neste período, comprovadamente, de alta disseminação do vírus sars-cov2 pelo qual ainda estamos passando. São estes cuidados que ajudaram na fase inicial e novamente podem contribuir para reduzir a taxa de transmissão do vírus, infecção de pessoas, isolamentos, hospitalizações e óbitos.

Precisamos nos manter alertas e vigilantes, cumprindo os protocolos de prevenção determinados pelas Autoridades Sanitárias, da mesma forma como precisamos conter a ansiedade com relação a vacinas, e nos mantermos pacientes e atentos nos cuidados com a nossa saúde e das pessoas que neste momento estão próximas a nós, para, juntos, superarmos esse difícil desafio de conter a disseminação da Covid 19, as infecções e as mortes, que ainda continuam a acontecer em número elevado, no Brasil e em várias partes do mundo.
Trabalhando, unidos, poderemos superar esse imenso desafio e sairmos ainda mais fortalecidos dessa intensa e desgastante batalha.

Assessoria de Relações Públicas do Hospital de Cataguases

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