HC – Triagem de Manchester – padronização no Pronto Atendimento

Cada cor de classificação determina um tempo médio para o atendimento ao paciente, de forma a não comprometer a sua saúde.

Quanto ao significado das cores, o paciente classificado como vermelho deve ser atendido de imediato, ou seja, tempo zero. As demais cores laranja, amarelo, verde e azul devem ser atendidas em tempo médio de 10 minutos, 60 minutos, 120 minutos e 240 minutos respectivamente.

A Triagem de Manchester teve origem na Inglaterra, na cidade de Manchester. No Brasil, foi utilizado pela primeira vez em 2008, no Estado de Minas Gerais, como estratégia para reduzir a superlotação nas portas dos pronto-socorros e hospitais. Hoje, ele é acreditado pelo Ministério da Saúde, Ordem dos Enfermeiros, Ordem dos Médicos e é entendido como uma evolução no atendimento aos quem recorrem a um Serviço de Urgência.

A grande vantagem desta Triagem é separar os casos verdadeiramente urgentes dos não urgentes e garantir o atendimento prioritário dos casos mais graves. Os pacientes deixam de ser atendidos pela ordem de chegada ao setor de urgência e passam a sê-lo em função da gravidade da situação. É um grande passo para a sistematização da assistência. O fato de os doentes estarem ordenados por prioridades é vantajoso para os profissionais, que passam a ter uma imagem clara do número de doentes que se encontram no setor e da sua gravidade, permitindo gerir as tarefas a atuar de forma mais correta e responsável.

A implantação da Triagem também é vantajosa para o paciente, pois submetido a esta metodologia de classificação estará, certamente, assegurado da diminuição dos riscos de complicações, além de que o tempo de atendimento será determinante para uma melhor recuperação e intervenções mais assertivas para a queixa que o motivou à procura do serviço.

Outro benefício deste protocolo, que é a garantia de oferecer um serviço homogêneo, ou seja, independentemente do horário, do dia da semana ou do profissional que estará de plantão, a instituição de saúde terá a mesma padronização no atendimento.

O processo de triagem se dá com a abertura de ficha no setor. Após, o paciente é direcionado para a sala de triagem. O enfermeiro triador identifica a queixa principal e através dela associa um fluxograma de Manchester a ser aplicado. Baseado nas respostas do paciente ele identificará uma cor para o risco.O enfermeiro é o profissional responsável por este processo.

A implantação do protocolo permite que os atendimentos sejam feitos de maneira muito mais eficaz, o que, em se tratando de serviços de saúde, é crucial, já que minutos podem representar uma vida.

Além disso, como o sistema prevê uma organização ao longo do dia, pode-se encaminhar pacientes para outras unidades, evitando assim superlotações e falhas no atendimento. Sem contar a economia financeira, pois com ele evita-se o uso de recursos de urgência advindos da inobservância das condições do paciente antes do agravamento do quadro.

Além da instituição, os pacientes também são beneficiados, pois tomam ciência do seu risco e contam com uma previsão média para o atendimento, diminuindo a expectativa e possibilitando um melhor planejamento. O Protocolo de Manchester é um dos métodos de triagem mais eficazes, pois além de tudo o que foi mostrado, ele ainda padroniza os processos realizados na unidade.

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Texto produzido pela coordenadora do

Setor de Urgência e Emergência do Hospital de Cataguases,

Josy Epifânia Gomes Vieira.

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